quarta-feira, 26 de novembro de 2008

...

Perdi o mapa do meu sentir.
Movo-me em carris,
com rota definida,
mecânicos e frios.
Fugiu-se-me a vida adocicada
com tempo para nascer...

Estalam-me sombras
na lareira dos meus dedos.
A responsabilidade prende-me
com estacas ao chão,
os prazos cortam-me as asas.

O mundo continua o seu bailado lento
e eu sou apenas o rasto de luz
numa fotografia de exposição demorada...


9 comentários:

Anônimo disse...

A foto está brutal :) muito bem escolhida (como sempre)

"Perdi o mapa do meu sentir"
Gosto :)
Bacci Mille

Laurelin

Joice Worm disse...

Quem escreve como você escreve, jamais perde o "mapa do sentir". Você é o próprio "sentir", Filipa!!

Anônimo disse...

Heheheh...
...guess you understand how I feel and I understand how you feel.
guess I'll want to change something by doing something... ELSE.

I suppose I've found my map of the problematique, but yours is yet to be found!
sometimes resolution and sacrifice is all we need.
most of the times "we" are our own price...


Let us burst into beings of pure fire and flame, break out our spiky prisons, and walk away instead of flying.

Anônimo disse...

Parabéns! Que continuem a haver muito sons da alma... por tempo indeterminado... para que eu possa ouvir com os olhos, e escutar com o coração :) kisses coloridos de cores de arco-íris****

rainbowsky

Joice Worm disse...

FELIZ NATAL, AMIGA LINDA!!!

XR disse...

Foi bom reler-te, Hen ... reencontrar as tuas palavras depois de tanto tempo.
Que a luz de Athena continue a iluminar as tuas palavras!

Um abraço,
ChanEy

Parapeito disse...

De certeza que não és apenas a luz...
És a Luz :))

Gostei ***

A Coração disse...

"Perdi o mapa do meu sentir".
Tão lindo, tão verdadeiro, tão sentido.

Amei este texto.

Anônimo disse...

Lindissimo! :) adorei!