terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ajoelho-me no altar das palavras
e presto-lhes culto sagrado.

Quando a noite se prende
nas rendas do meu ser
ouço o escuro
e o silêncio pega-me as mãos
que se enchem com o nada dos dias.

Ao toque das sílabas
dá-se em mim o estalar dos sentidos,
rebenta-me o peito em interrogações,
explode-se-me o corpo para fora de mim.

Depois vou juntando as peças,
demoro-me neste sossego lânguido
no erguer das raizes da alma.
Por fim,
descubro o suspiro que me inventa.

4 comentários:

JoanaLobo disse...

suspiro esse que nos descobre, que nos faz nascer de novo....

tb disse...

suspiro que nosinventa reinventando...beijinhos

Tina disse...

Uma obra de arte só é visível, quando apercebemo-nos a nossa necessidade! Parabéns pela sua inspiração divina e continue sempre assim. Beijinhos de uma sua formanda.

Parapeito disse...

minha linda....tanta alma
brisas doces para ti*