Ajoelho-me no altar das palavras
e presto-lhes culto sagrado.
Quando a noite se prende
nas rendas do meu ser
ouço o escuro
e o silêncio pega-me as mãos
que se enchem com o nada dos dias.
Ao toque das sílabas
dá-se em mim o estalar dos sentidos,
rebenta-me o peito em interrogações,
explode-se-me o corpo para fora de mim.
Depois vou juntando as peças,
demoro-me neste sossego lânguido
no erguer das raizes da alma.
Por fim,
descubro o suspiro que me inventa.
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4 comentários:
suspiro esse que nos descobre, que nos faz nascer de novo....
suspiro que nosinventa reinventando...beijinhos
Uma obra de arte só é visível, quando apercebemo-nos a nossa necessidade! Parabéns pela sua inspiração divina e continue sempre assim. Beijinhos de uma sua formanda.
minha linda....tanta alma
brisas doces para ti*
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