Vivo muitas vezes longe de mim,
sou lenda ou mito distante,
passeio à noite naquele jardim
de tantas almas sou comandante.
Sofro como os sós entre as gentes
como os que sonham e calam
somos mentes descontentes
a quem os desejos apunhalam.
Temos o devaneio como companheiro
somos borboletas em cativeiro
presas nas redes da insatisfação.
Temos voz para cantar
e até força para voar
mas nunca passamos do chão.
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Um comentário:
muito bonito!
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