segunda-feira, 16 de maio de 2011

O vento afaga-me o cabelo
e fico a conhecer o mundo.
Falo com os pássaros
que atiram segredos aos ramos.
Uivo na noite que me cobre os pés
e tenho o universo a escorrer-me dos dedos.
A esperança engole-me o ser
e as palavras despem-se
quando a consciência desvia o olhar.

Quero ver como se nunca tivesse pensado.
Quero ver-me como se nunca tivesse sentido.

Dormência, afasta-te.
Estou viva.




2 comentários:

JoanaLobo disse...

e nao ha nada como estar vivos, e sentirmo-nos capazes de tudo! muito bom, como sempre!

Parapeito disse...

isso mesmo!!
Gostei muito da força das tuas palavras.
brisas doces*