terça-feira, 8 de abril de 2008

Ao vento

É ao vento que confesso
o que aqui vai dentro…
É a ele que lhe conto os meus segredos
E lhe falo de ti ao ouvido:
Como me acalmas este barulho de existir,
Como há momentos em que sou da cor da terra
só de me trespassarem os teus olhos…
Como rodopio nas danças do pulsar do desejo…
Como gostava de existir
onde os teus lábios acontecem…

Mas ele não apazigua
esta neblina de volúpia que me veste.
Apenas sorri
diante da minha alma em estado de sítio...



2 comentários:

Ana disse...

"este barulho de existir"

palavras mais bonitas!!:)

*

V. disse...

tb tenho a alma em estado de sítio... :) *