A vida visita-me e deslumbra-me com as suas cores quentes, mas a rapidez com que vem é a mesma que marca a sua ausência…foge de mim sem olhar para trás. Acordo do êxtase, olho em redor e estou só. As flores que outrora regava estão agora murchas, sem ânimo. E então na manhã seguinte, todo o mundo me dança aos pés, mergulho na alegria e chafurdo na completude. Outras manhãs trazem o negro das águas, o frio da solidão e o transe do querer. Bebo, eternamente, desta ambivalência agridoce.
E convivo, agonizando, com estas curvas de sangue na recta da minha existência.
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Um comentário:
Simplesmente lindo.
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