quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Agridoce

A vida visita-me e deslumbra-me com as suas cores quentes, mas a rapidez com que vem é a mesma que marca a sua ausência…foge de mim sem olhar para trás. Acordo do êxtase, olho em redor e estou só. As flores que outrora regava estão agora murchas, sem ânimo. E então na manhã seguinte, todo o mundo me dança aos pés, mergulho na alegria e chafurdo na completude. Outras manhãs trazem o negro das águas, o frio da solidão e o transe do querer. Bebo, eternamente, desta ambivalência agridoce.

E convivo, agonizando, com estas curvas de sangue na recta da minha existência.

Um comentário:

Anônimo disse...

Simplesmente lindo.