Quando nos pomos a reflectir
de qualquer assunto existencial
há uma pergunta da qual não podemos fugir:
o que é realmente nosso afinal?
Serão as pessoas de nossa pertença?
Serão nossas as coisas materiais?
Talvez de nosso desde a nascença
só tenhamos as impressões digitais.
Seremos nós mesmo nossos
é o que importa perguntar
se até nos comem ou queimam os ossos
não estaremos todos para alugar?
sábado, 28 de setembro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
Vamos silenciando demónios
mas há um que deixamos acordado,
engolimos os "tens" e os "deves"
e vem mais um dia asfixiado.
Isto não, porque choca alguém.
Isto não, porque não acham bem.
Isto não. E nós, ninguém?
Calcamos desejos eternos
fingimos os sonhos esquecer,
para agradar a todos os externos
e acabamos por ninguém satisfazer.
Vem a idade e o cinzento
e o negro não deve demorar
fechamos as vozes com a chave do desalento
mas há uma que não conseguimos calar...
Arrancam-nos o colorido
e até a carne dos ossos
de todos os outros temos sido
quando é que seremos nossos?
mas há um que deixamos acordado,
engolimos os "tens" e os "deves"
e vem mais um dia asfixiado.
Isto não, porque choca alguém.
Isto não, porque não acham bem.
Isto não. E nós, ninguém?
Calcamos desejos eternos
fingimos os sonhos esquecer,
para agradar a todos os externos
e acabamos por ninguém satisfazer.
Vem a idade e o cinzento
e o negro não deve demorar
fechamos as vozes com a chave do desalento
mas há uma que não conseguimos calar...
Arrancam-nos o colorido
e até a carne dos ossos
de todos os outros temos sido
quando é que seremos nossos?
terça-feira, 18 de junho de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Vivo muitas vezes longe de mim,
sou lenda ou mito distante,
passeio à noite naquele jardim
de tantas almas sou comandante.
Sofro como os sós entre as gentes
como os que sonham e calam
somos mentes descontentes
a quem os desejos apunhalam.
Temos o devaneio como companheiro
somos borboletas em cativeiro
presas nas redes da insatisfação.
Temos voz para cantar
e até força para voar
mas nunca passamos do chão.
sou lenda ou mito distante,
passeio à noite naquele jardim
de tantas almas sou comandante.
Sofro como os sós entre as gentes
como os que sonham e calam
somos mentes descontentes
a quem os desejos apunhalam.
Temos o devaneio como companheiro
somos borboletas em cativeiro
presas nas redes da insatisfação.
Temos voz para cantar
e até força para voar
mas nunca passamos do chão.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
Já não sei beber delas
como outrora me alcoolizavam.
Envelheço no lume oculto
junto à fera que as diz.
Ignoro o seu sentido,
desconheço já o seu sabor.
Regresso à insónia do corpo
sem que elas construam castelos.
Tenho a alma trespassada
pela memória dos lugares
dantes povoados em mim.
Morreram-se-me as palavras.
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